sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A importância do homem para a criação de uma família - Por Jessica Ramos


Olá!
Eu sou a Jessica, namorada do Danilo ("idealizador") criador deste espaço, e estou cursando Psicologia, além de ser maquiadora profissional e prestar serviços nesta área, sou também blogueira nas horas vagas (assim como o Danilo mencionou no post de estréia) da página * Pensar em Você * e trabalho atualmente como consultora na área de TI. Ufa...! Muita coisa, eu sei, mas hoje em dia se você quer ser alguém, tem que se dedicar. Se você quer realizar seus sonhos, tem que correr atrás. Não desisto com facilidade e sonho de verdade. Características que atualmente não são tão comum nas pessoas, infelizmente.

Bom, após a introdução da minha pessoa, eu fui convidada para falar sobre as visões psicológicas dos nossos comportamentos, comentar sobre as diversas teorias que são abordadas na psicologia e eu tenho um assunto em particular que me agrada muito. A psicologia do desenvolvimento humano.
E começamos pela família.

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Note que não vou trazer aqui nenhum preceito religioso, valores morais ou 'histórias que o povo conta'. Meu compromisso é com a psicologia, portanto são dados que já foram pesquisados, analisados e teorizados e com anos de experiência, aplicados no estudo objetivo da subjetividade humana.
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Hoje eu vou comentar um pouco sobre a importância do homem na formação de uma família.

Um pouco de história:
Antigamente os casamentos eram arranjados, portanto assim que a menina "virava mulher" era desposada por alguém para quem a família a havia prometido.
Hoje a mulher está cada vez mais independente, então ela pode escolher com quem, e se, vai se casar (ou "juntar as escovas" para ser bem delicada).

E nas várias décadas que separam essas duas realidades, uma coisa não mudou muito: o homem.
Antes era um senhor com uma garota. Hoje é um homem estável financeiramente, com graduação superior, imóvel próprio, carreira profissional em ascensão e uma mulher que tem os mesmos predicados e que prefere ser mãe solteira por alegar que "os homens são todos iguais". Mas e a família? Aonde entra nesse cenário tão atual?

Bom, as famílias poderiam até existir no passado, mas o planejamento familiar não era lá essas coisas, e ninguém que eu tenha conhecido morreu por desgosto de ter nascido em uma família assim, mas convenhamos que não deveria ser fácil: uma garota que não sabia nada da vida, não tinha experiência nenhuma e de repente vira mãe. E um homem que não dava abertura para que os filhos se aproximassem dele emocionalmente pois ele era o "chefe de família", praticamente intocável, pois provia o que a casa necessitava e era o suficiente.

Mas as coisas não deveriam ser assim.
"Ah, Jessica, então como deveriam ser?"

Vamos começar pelo princípio.
Eu não preciso explicar como nascem os bebês, então vamos pular essa parte. Na verdade tudo se inicia muito antes de isso acontecer. Quando o casal decide ter um filho.

Pausa: Não sei se vocês perceberam, mas eu disse O CASAL. Isso mesmo, os dois. O homem e a mulher devem decidir quando querem ter um filho. E se querem ter um filho.

Ok, continuando: Quando o casal decide ter um filho, os dois devem procurar um médico para iniciarem todos os preparativos.
O medico deve ser de confiança do casal, pois ele acompanhará todo o processo de gravidez e provavelmente o parto, e dará parte do suporte necessário (tecnicamente) para que seja uma gravidez tranquila, e se houver algum problema, será detectado com antecedência suficiente para ser contornado e ter o mínimo de impacto para a mãe e para o bebê.
Mostrando para a mulher as mudanças que ocorrerão, explicando quais são essas alterações, não só no físico, mas também no psicológico dela.
E o homem deverá dar o suporte necessário para a mulher se sentir confortável com essas mudanças todas, compreender as diferenças de humor e de comportamento dela, ampara-la nas horas que ela se sentir incapaz. Ela tem que se sentir amada, e o companheiro que ela escolheu para compartilhar esse momento da sua vida deve promover todo conforto para que a mulher tenha uma gravidez tranquila.

Com essa proteção e amparo, a mulher se sente bem com a gravidez, se sente bem com relação ao homem ao seu lado e se sente preparada e com o suporte necessário para se tornar mãe.

Lembrando que o casal deve manter uma relação de conversa franca constante, para ele saber o que ela está passando e ela saber quais são as dúvidas e medos dele, afinal são um casal, devem ficar unidos e serem companheiros um do outro.

Após o parto, o homem deve se aproximar da mulher e do bebê para estabelecer a relação pai-filho que a partir daí se desenvolverá para a vida. Mas a mãe deve permitir que o pai se aproxime, pois ele também faz parte desse momento, ele também compartilha de um sentimento paternal com relação à criança. E ele não deve parar de se relacionar com o filho. Não é porque só a mãe amamenta (hora de maior intimidade mãe-filho), que o pai deve ficar de fora. Ele não precisa ficar com medo de pegar o filho, com receio de quebrar o bebê. Existem métodos do pai ter essa relação intima pai-filho também.

A família sendo a primeira relação social do bebê, ele perceberá que está em equilíbrio com a as pessoas que o mantém.
Com essas atitudes e com o esclarecimento devido, o casal evita a possibilidade de se afastar, de brigar, e poderá dar um suporte melhor e maior ao filho. Essa postura traz benefícios para os pais como uma família mais equilibrada, e para os filhos, percebendo que eles são amados e queridos.

Com isso termino minha primeira postagem aqui no UM ESPAÇO PARA O PENSAR.

Espero que tenham gostado e que comentem. Estou aberta a sugestões para outras sextas-feiras.

Beijo!
Jessica Ramos

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Simples Funciona!



"Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma boa parte dela"

Lúcio Aneu Sêneca.

Filósofo, escritor e advogado, Sêneca escrevia sobre uma filosofia simples que abarcava o cotidiano do século I. Ainda que simples, essa filosofia atravessou as eras e ainda hoje parece bem atual.

Jogamos boa parte de nossas vidas fora e ainda reclamamos de não ter tempo! Mas cá entre nós, existe certo status em desperdiçar a vida!

Fazemos muito para todos e pouco para nós, movidos pelo status do reconhecimento, como se isso fosse o que de mais alto poderíamos encontrar nas realizações da vida. Ostentamos demais e vivemos quase nada.

Vale salientar entretanto, que confundir ostentação com ganância é um erro comum mas grave! A ganância, em sua justa medida, é fundamental para alcançarmos nossos objetivos e portanto para a realização pessoal. A ostentação é o ato de se exibir futilmente.

O grande desperdício da ostentação está na ausência de significado do ato de quem ostenta. Aquele que pela ganância obtém um elevado posto de trabalho, adquire bens e sabe gastar seus ganhos, desde que haja conforme sua vontade e saiba respeitar o valor dos demais indivíduos, faz muito bem!

Desperdiçar a vida não é estudar para alcançar uma vaga na universidade, desperdiçar é querer esta vaga para deixar sua mãe feliz, bem como querer comprar o carro do ano não pelo conforto que ele traz, mas sim, para esfregar na cara do seu vizinho

Essa futilidade, que faz tudo por causa dos outros e nada por si mesmo, é um dos fatores que levam ao desperdício da vida. Sêneca, na sua carta sobre a brevidade da vida, ainda diz:

” Perscruta a tua memória: quando atingiste um objetivo? Quantas vezes o dia transcorreu conforme o planejado? Quando usaste seu tempo contigo mesmo? Quanto mantiveste uma boa aparência, o espírito tranquilo? Quantas obras fizeste para ti com um tempo tão longo? Quantos não esbanjaram a tua vida sem que notasses o que estavas perdendo? O quanto de tua existência não foi retirado pelos sofrimentos sem necessidade, tolos contentamentos, paixões ávidas, conversas inúteis, e quão pouco te restou do que era teu? Compreenderás que morres cedo.”

Mais claro que isso impossível! Como dizer que vivemos pouco ou que vivemos mal se jogamos nossas vidas fora com uma série de picuinhas bestas que não nos acrescentam em absolutamente nada!

Dona Fulana não mede esforços para comprar um sapato caríssimo, afinal sua colega de serviço, Dona Sicrana, atual namorada de seu ex, comprou o mais caro calçado do catálogo da loja mais cara do shopping. No entanto a mesma Dona Fulana morre de vontade de conhecer o Rio de Janeiro. A renda de Dona Fulana não permite a mesma viajar e comprar o sapato, ela terá de escolher entre um e outro esse mês. Dona Fulana não hesita, vai a loja e torra seu suado salário com a porcaria do sapato

Afinal, viajar ela pode viajar sempre, mas provocar a Dona Sicrana é uma prioridade muito 
maior do que a realização pessoal. Fulana reclama de seu salário, reclama que não pode fazer nada, que o país é injusto, o mundo é uma merda e sua vida uma constante rotina

Mas é claro que sua vida é uma porcaria Dona Fulana! Você vive a vida dos outros, se afoga em mágoas e raivas desnecessárias e esquece da sua própria existência! Reclama das oportunidades que diz não ter e que estão bem debaixo do nariz dela, e ainda toma para si expectativas e sofrimentos banais. 
Dona Fulana foi só um exemplo, mas quanta gente não vive segundo os outros.

Acontece que nos deixamos levar por pequenas coisas que tomam nosso espírito e nos levam para longe dos momentos que fazem a fundamental diferença entre uma vida realizada e uma mera existência orgânica. É aquela hora extra feita não para ganhar mais, mas para fazer um "agá" pro chefe.Aquela empinada na moto, não pela aventura e pela adrenalina do risco, mas para se mostrar para galera, é aquela ofensa que você joga na cara da sua mulher, só para "mostrar quem manda"

Quanta besteira não? Quanta perda de tempo com coisas baixas, sem propósito, quanta ansiedade e sofrimentos desnecessários!

Não digo que todas essas coisas sejam estúpidas, mas, o que nos leva a fazer nossas escolhas? O que nos motiva? Qual a causa do que escolhemos e quais serão os efeitos? Penso que essa seja a pergunta que mais nos impeça de sofrer a toa nos permita utilizar melhor o tempo que temos de vida

Quando não vivemos nossas escolhas mas vivemos as escolhas dos outros começamos a assistir nossa vida ao invés de vivê-la. Jean Paul Sartre, filósofo do século XX, já dizia que somos os únicos responsáveis por nossas escolhas. Do Sêneca ao Sartre e do Sarte para hoje nada mudou. Culpar emissoras de televisão e sistemas econômicos pela nossa infelicidade é uma maneira covarde de se esconder da vergonha de sermos banais. A culpa da sua vida passar e você não perceber é sua e somente sua!

Quando temos essa consciência que somente nós somos responsáveis pelo o que somos, conseguimos viver com melhor qualidade de vida e sem chorar pelas oportunidades que passaram. Então veremos que a vida não é curta, ela é o tempo suficiente para realizarmos tudo aquilo que somos. 

Conta a história que Sêneca morreu tranquilamente, executando a ordem de suicídio dada por Nero, seu aprendiz (que nada aprendeu). Não morreu aos gritos e prantos porque soube fazer de sua existência a manifestação da sua vontade, sem se deter por essas pequenas coisas que apenas desviariam seu caminho da plena realização de si.

Para termos uma vida leve devemos tirar esses pequenos pesos da vida, que parecem insignificantes, mas que ajuntando eles sobre as nossas costas acumulam um peso tão grande que por vezes nos sufocam. Muitas vezes não percebemos isso por ser demasiado óbvio e simples. 

Queremos tirar grandes pesos das nossas vidas e muitas vezes pensamos ser incapazes de resolver nossos próprios problemas. Buscamos para as nossas vidas soluções muito complexas e pouco eficientes. Nos afastamos do simples, pensando que os sofrimentos da alma, por serem tão grandes, só se resolvem por formas complexas e exteriores a nossa consciência. Mas existe no simples o grande trunfo que o levou a atravessar as eras de forma tão contundente: O simples funciona!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Começando pelo começo

Tudo possui um começo, e esse é o começo deste blog.

Eu não tenho lá muita experiência em escrever na internet, confesso que minha namorada é infinitamente melhor nisso do que eu (confiram vocês mesmos: www.2pensaremvoce.blogspot.com.br). E além de escrever bem minha gatona ainda manda muito nas maquiagens, para quem tiver interesse em cursos ou serviços, o contato dela está neste mesmo link acima

Bem, vamos começar pelo começo: Cara, para que você fez mais um blog sobre filosofia?

Vamos lá! Aqui não é um blog sobre filosofia! É um espaço para compartilhar ideias livre da rigidez acadêmica mas ainda dentro da razão, lógica e bom senso. Que fique bem claro a todos que aqui é um espaço público, para livre discussão e comentários!  Não quero que ninguém venha aqui, leia o que escrevi e fique me xingando mentalmente. Publique, xingue, ofenda, discuta, interaja, pense, enfim... Aqui é para isso!

Qualquer comentário que não esteja fora dos limites das leis será muito bem vindo! A internet é uma nova ágora, só que um pouquinho maior!

Sou ferrenhamente averso a qualquer tipo de restrição a liberdade de pensamento e de expressão. A verdade não tem dono. O conhecimento se aperfeiçoa na pluralidade de pensamentos, e portanto, este espaço é dedicado principalmente a isso: A pluralidade de um livre pensar e expressar!

Sócrates, um dos primeiros pensadores, foi condenado a morte por suas provocações. Ele não se restringia a criticar somente os amigos, mas criticava também os políticos, os mercadores, os sofistas, entre outros (ou entre todos, já que ninguém escapava dele na Grécia Antiga!).

A coibição de seu comportamento foi a reação natural de homens poderosos que eram envergonhados por serem desmascarados por Sócrates. Esses homens, que muitas vezes se diziam possuidores únicos da verdade, ou excelentes pensadores, eram facilmente levados pelo pensador grego a demonstrar suas falácias e não poucas vezes uma grande desonestidade em seus argumentos!

Já que estamos no começo deste blog, lembremos deste episódio do início da filosofia, quando a voz da razão foi coibida e calada por interesses particulares escusos e desonestos. A privação da liberdade é a grande característica dos desonestos quando são revelados perante a luz da razão!

Punem para demonstrar que possuem poder e que qualquer pessoa que se opor a seus interesses será punida de alguma forma.

Discordo de certas idéias do blogueiro Daniel Fraga, mas ele foi a certo tempo vítima de um bom exemplo deste tipo de desonestidade:


Daniel Fraga não foi efetivamente punido, mas no episódio da Grécia, Sócrates foi morto. No entanto seu ideal de clareza, objetividade, racionalidade e transparência se tornou o pilar de todo conhecimento humano.

A razão pode ser levemente obstruída, mas jamais impedida de prosseguir seu curso. Portanto finco as bases deste blog no ideal da liberdade de pensamento e expressão, encorajando a todos que reflitam e comentem e já anunciando aos intelectualmente desonestos o quão é inútil coibir! Cedo ou tarde as máscaras caem e a podridão das faces desonestas começará a feder!

Agradeço aqui a todos que lerem em especial minha família: Edilson(pai), Luciana(mãe), Gabriel(irmão), Vitor(primo) e minha amada namorada Jessica (citada lá em cima em seu blog) que é a mulher que esquenta meu peito e está sempre ao meu lado!

Que esta seja a primeira de muitas postagens

Um abraço a todos!